quarta-feira, 11 de julho de 2012

Empresas-modelo em responsabilidade socioambiental no Brasil

HSBC procura "líderes ambientais" entre os funcionários

O banco HSBC criou, há três anos, um programa para incentivar seus funcionários a disseminar práticas sustentáveis. Batizado de "Climate Partnership", ele treina colaboradores do banco interessados no tema e os estimula a ensinar a colegas de trabalho e a membros de sua comunidade aquilo que aprendeu.

Para o banco, o treinamento de funcionários pode significar negócios no futuro. Até agora, o programa já formou 80 líderes ambientais no Brasil. A expectativa é formar outros 100 até 2012. Em 2009, o HSBC investiu 15,8 milhões de reais em 263 projetos sociais e outros 3,5 milhões de reais em ações de conservação da Mata Atlântica.

Fibria investe em sustentabilidade e gera empregos

Mobilizar as comunidades locais das regiões onde atua é uma das estratégias da fabricante de papel e celulose Fibria, que possui fábricas e plantações em 252 municípios em todo o Brasil. No ano passado, a empresa investiu 16 milhões de reais em ações sócio-ambientais nestas regiões.

A verba para os investimento em projetos dessa natureza é incorporada e definida no orçamento anual da companhia. Em 2010, a Fibria iniciou a construção de uma unidade de plantio de mudas de eucalipto em uma região pobre no sul da Bahia. A expectativa é que a população seja envolvida na produção, que deve gerar 250 novos empregos.

Itaú Unibanco promove concurso de práticas sustentáveis

O Itaú Unibanco incorporou a preocupação com o meio ambiente no dia-a-dia da organização e, principalmente, no cotidiano dos funcionários. Há dois anos, o banco criou um concurso de idéias sobre práticas sustentáveis. As melhores propostas, escolhidas com a ajuda dos próprios empregados, são premiadas.

Além de estimular a criação coletiva de iniciativas verdes, o banco também mantém um programa interno de coleta de lixo eletroeletrônico. Em 2009, foram recicladas 116 toneladas de aparelhos descartados em toda a empresa.

Natura educa trabalhadores para extração de óleos vegetais
O óleo de murumuru, usado em cosmétcos, é extraído de uma planta amazônica de difícil manejo, e que muitas vezes leva à prática de queimadas. Com uma ação educativa promovida pela Natura, 400 famílias que fornecem a matéria-prima à empresa fora orientadas a não empregar mais esta técnica. A ação resultou na preservação de mais de três mil palmeiras das quais o óleo é extraído.

Desde o lançamento da sua linha de produtos Ekos, há dez anos, a Natura mantém uma rede de fornecedores formada por 26 comunidades em todo o Brasil. Só em 2009, os negócios com o grupo - que incluem o pagamento pela matéria-prima e uma espécie de royalty pelo conhecimento local sobre plantas - atingiram 5,5 milhões de reais.

Bradesco leva educação financeira à população carente

Em setembro, o Bradesco lançou com exclusividade no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, um serviço que antes era privilégio apenas dos moradores do asfalto: o seguro residencial. Os preços da apólice popular começam em R$ 9,90 e as indenizações chegam a R$10 mil.

A ideia é levar a experiência para outras comunidades de baixa renda em todo o Brasil. Dentro de suas ações de responsabilidade socioambiental, o Banco também investiu, em 2009, R$380 milhões em projetos e, em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável, já contribuiu para a preservação de 16,4 milhões de hectares de mata.

Braskem é líder global no uso de materiais renováveis

A sustentabilidade vem ocupando o cerne dos negócios da Braskem. Pioneira na fabricação de "plástico verde" e uma das maiores petroquímicas do mundo, a empresa tem como meta se tornar referência mundial na produção a partir de matérias-primas renováveis. Para atingir esse objetivo, a Braskem investe pesado em pesquisa e inovação - de seus 6,5 mil funcionários, 300 são cientistas.

Também não faltam investimentos para os centros de desenvolvimento de novas tecnologias. A fábrica de "plástico verde", no Rio Grande do Sul, recebeu 500 milhões de reais. Com a produção de uma tonelada desta matéria-prima renovável, a empresa deixa de emitir 2,5 toneladas de CO2.

Bunge cria embalagem biodegradável para margarina

Foram dois anos de intensas pesquisas na subsidiária brasileira da Bunge, uma das maiores empresas de alimentos e de fertilizantes do mundo, para desenvolver uma embalagem feita de material orgânico e biodegradável. O intento, bem sucedido, deu origem a uma embalagem de menor impacto ambiental usada por um dos produtos da empresa, a margarina Cyclus.

A empresa também tem atuado na redução de resíduos. No ano passado, diminuiu em 14% o volume de PET usado nas embalagens de óleo vegetal. Outra frente de atuação é no incentivo à reciclagem. A Bunge mantém 60 postos de coleta de óleo em padarias de toda a região metropolitana de São Paulo.

CPFL busca alternativas para geração de energia elétrica

A CPFL Energia larga na frente nos setor de enrgia pela produção mais limpa. Em meados de 2010, o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro inaugurou uma termelétrica movida a biodiesel no interior paulista. Com potência instalada de 45 MW, a usina que opera a base de bagaço de cana-de-açúcar tem capacidade de atender uma cidade de 200 mil habitantes.

A empresa prevê ainda outros quatro empreendimentos de fonte renovável até 2012. No Rio Grande do Norte, a CPFL vem investindo na energia dos ventos, com a construção de oito parques eólicos, que em 2012, devem produzir 218 MW.

EDP investe em postos para reabastecer veículos elétricos

A subsidiária brasileira da EDP, holding de empresas de geração, distribuição e comercialização de energia elétrica, inaugurou no último ano 16 postos de abastecimentos de veículos elétricos, distribuídos por São Paulo, Vitória e Espírito Santo.

Para ajudar no desenvolvimento de um mercado brasileiro de carros movidos a eletricidade e, também, o seu próprio negócio, a empresa pretende destinar, anualmente, 100 mil reais para idéias que possam ajudá-la a evoluir na economia de baixo carbono.

Além disso, a EDP também investe em parques eólicos que somam 13,8MW de capacidade instalada, energia suficiente para abastecer uma cidade de 40 mil habitantes.

Masisa foca na redução de insumos durante a produção

A fabricante de painéis de madeira Masisa procura em seus funcionários soluções criativas para um grande desafio: produzir mais com menor quantidade de insumos. Desde a implantação de grupos de melhorias, em 2009, o uso de resina por metro cúbico de painéis produzidos caiu 10,5%.

A empresa também conseguiu reduzir em 16% o consumo de água na produção. Toda a economia obtida pelas sugestões "verdes", que são introduzidas no processo produtiva da empresa, volta aos funcionários na forma de participação nos lucros.

Alcoa busca a sustentabilidade no setor de mineração

A maior fabricante de alumínio do mundo, a americana Alcoa, tem se destacado, também, quando o assunto é sustentabilidade no mundo dos negócios. Preocupada em conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente, ela explora, há pouco mais de um ano, uma mina de bauxita no município de Juriti, no coração da Floresta Amazônica, com técnicas que minimizam os impactos ambientais.

O objetivo da empresa é transformar Juriti em referência de atuação socioambiental no setor de mineração. Para isso, a empresa criou um conselho especial para discutir com as comunidades locais e o poder público o desenvolvimento do município, além de um fundo de financiamento de ações sociais na região. Com essas frentes de diálogo, a Alcoa consegue reduzir seu impacto no meio ambiente e garantir benefícios sociais duradouros nas regiões onde atua.


Philips propõe lâmpadas econômicas para iluminação pública

Eficiência energética tem sido o principal campo de atuação da Philips na corrida por tecnologias de menor impacto ambiental. Tanto que 7,7 % do faturamento da empresa de eletroeletrônicos no Brasil são destinados ao desenvolvimento de produtos considerados "verdes".

Com a produção de lâmpadas mais modernas, a empresa investe em um projeto experimental em Santa Catarina, que gerou uma economia de 84% no consumo de energia elétrica. A Philips desenvolveu lâmpadas de LED e as disponibilizou para a iluminação pública no município de Pedra Branca.

Promon cria "sustentômetro" para medir impacto socioambiental

A Promon, empresa especializada em projetos de infraestrutura, desenvolveu um indicador para medir o impacto socioambiental de seus projetos: o "sustentômetro". Com o sistema, é possível identificar e melhorar iniciativas que não atendem aos critérios estabelecidos.

Mesmo antes de desenvolver o "sustentômetro", a emrpesa manifestava preocupação em mitigar seu impacto sobre o meio ambiente. Ao todo, já investiu 2,7 milhões de reais em tecnologias para reduzir o impacto ambiental das obras, de onde 75% dos resíduos seguem para a reciclagem.

Santander estimula a formação de "fornecedores verdes"

Estimular o pensamento "verde" entre seus clientes e pequenos empresários é a proposta de sustentabilidade do Santander. O Banco criou até um curso para ensinar empresas a usar critérios ambientais na hora de escolher fornecedores. Até agora, 3 108 pessoas e 1.792 organizações já participaram do programa.

Através de um dos projetos pioneiros de reciclagem de baterias (o Papa-Pilhas), o Santander já reciclou 155,5 milhões de toneladas de pilhas, baterias e celulares. Além disso, o banco possui uma linha de crédito especial para empreendimentos de baixo impacto ambiental.

Suzano calcula tamanho de sua "pegada ambiental"

Um passo à frente da concorrência no mercado de papel e celulose, a Suzano criou um inventário de emissões de gases efeito estufa para calcular sua pegada de carbono. São contabilizadas as emissões de uma ponta a outra da cadeia produtiva - dos fornecedores até a porta do cliente.

A expectativa da empresa é de mapear todos os seus produtos até 2011. Dessa forma, a Suzano deve conseguir atuar com mais precisão na redução de emissões, o que pode garantir um renda extra ao negócio por meio da comercialização de créditos no mercado de carbono.

Unilever reformula embalagens e reduz emissões em 35%

Ao alterar a composição de um de seus principais produtos, o sabão em pó Omo, a Unilever conseguiu reduzir em 35% a sua emissão de gases causadores do efeito-estufa.

Recentemente, a fabricante de produtos de higiene pessoal também lançou uma versão líquida do Omo, que, por ser mais concentrada que a tradicional, reduz o uso de embalagens (ela equivale a duas caixas do sabão em pó) e o número de transportes para distribuição.

Walmart convence fornecedores a repensar processos

A gigante do varejo Walmart conseguiu convencer nove de seus principais fornecedores a repensar seus processos de produção para aliar redução de custos a práticas sustentáveis. Lançado há dois anos no Brasil, o programa que conta com parceiros como Johnson & Johnson deve incluir mais 15 empresas fornecedoras em sua segunda fase.

Além desse projeto, o Walmart coletou no ano passado, 6,6 mil toneladas de resíduas com o auxílio de 96 cooperativas de reciclagem. A empresa também coseguiu reduzir em 40% o consumo de água nos hipermercados inaugurados em 2009.

Whirlpool reduz emissão de substâncias nocivas

Com o estabelecimento de metas, a Whrilpool conseguiu reduzir a emissão de substancias nocivas na sua produção de eletrodomésticos. A limpeza de chapas metálicas, que era feita por meio de aquecimento, agora é realizada com outras técnicas, o que minimiza a eliminação de gases nocivos ao meio ambiente.

A fabricante de eletrodomésticos das marcas Brastemp e Cônsul também conseguiu, em 2009, que 97% de seus produtos fossem classificados na categoria A, que atesta produtos de baixo consumo energético. Em seu processo produtivo, o índice total de redução de energia foi de 7% em relação a 2008.

Amanco investe em materiais de menor impacto ambiental

Em busca de matérias-primas menos poluentes, a fabricante de tubos e conexões Amanco inovou na formulação de seus produtos com o uso de tecnologias mais limpas. Um destaque da empresa foi a substituição do solvente tolueno, que pode causar dependência nos trabalhadores que inalam seu vapor, por outro de menor impacto para a saúde e para o meio ambiente.

Pela iniciativa, a empresa ganhou em 2009 o selo Sustentax, que certifica produtos sustentáveis. De lá pra cá, num esforço de engenharia de materiais, a empresa também alternou a fórmula de outros de seus produtos, como os estabilizantes, que deixaram de levar chumbo em sua composição, eliminando riscos de intoxicação pelo metal entre seus funcionários. 

Anglo American aposta no diálogo com as comunidades

O diálogo com a comunidade é uma das práticas de responsabilidade-social que mais chamam atenção na mineradora Anglo American Brasil. Periodicamente, a empresa realiza encontros com os moradores dos municípios onde está presente.

Nas reuniões batizadas de "Fórum Comunitário", que começaram em 2006, são discutidas as aplicações de investimentos em projetos sociais. No ano passado, a Anglo American investiu 5,2 milhões de reais em projetos sociais e 13,2 milhões de reais em projetos de proteção ambiental. No mesmo período, a empresa conseguiu reciclar e reutilizar 83% da água consumida em seu processo produtivo.


Fonte: Exame

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