A partir desta segunda (30 de Julho), mercados de SP devem
fornecer de graça sacolas mais ecológicas. Mas para alguns governos a forma
ideal de reduzir o consumo de embalagens é cobrar por seu uso.
A polêmica das sacolinhas plásticas em São Paulo sofre mais
uma reviravolta. A partir desta segunda-feira, em cumprimento a uma ordem
judicial, os supermercados da cidade devem passar a oferecer gratuitamente
sacolas biodegradáveis ou de papel aos consumidores. Para reduzir o uso das
embalagens plásticas, outros países e cidades do mundo optaram por um caminho
mais radical, passando a cobrar uma taxa do consumidor.
Irlanda
Na Irlanda, a cobrança pelas sacolas, instituída em 2002,
mudou o comportamento do consumidor, que passou a levar sua própria sacola
reutilizável para o mercado. Com a criação do imposto, conhecido como Plas Tax,
que cobra 22 centavos de euro por sacola, a distribuição dos modelos plásticos
caiu 97,5%. O valor recolhido com a venda de sacolinhas alternativas, como as
de papel, é destinado a um fundo que promove a reciclagem de lixo e iniciativas
ambientais.
Alemanha
Todas as lojas que fornecem sacolas plásticas devem pagar
uma taxa de reciclagem para o governo alemão. Esse custo acaba sendo repassado
para o conumidor que, se quiser levar suas compras numa sacola plástica
tradicional, tem que pagar uma taxa que varia de 5 a 10 centavos de euro. Não à
toa, o uso de sacolas reutilizáveis ou caixas de papelão para acondicionar as
compras no supermercado já virou hábito entre os alemães.
País de Gales
No País de Gales, o banimento das sacolas plásticas começou
com um acordo voluntário entre os supermercados do país e só depois entrou em
cena uma taxa para uso. Desde outubro de 2011, quando uma quantia equivalente a
16 centavos de reais passou a ser cobrada, o uso de embalagens por pessoa caiu
96% - e na conta entram, não apenas sacolas plásticas, mas as de papel ou
biodegradáveis.
Já o valor angariado com a venda das sacolas convencionais
nos mercados é revertido para ajudar instituições de caridade ou de conservação
ambiental.
Washington D.C.
A capital americana é outra que aboliu os sacos plásticos,
passando a cobrar em 2010 uma taxa de 5 centavos de dólar sobre cada sacola
utilizada. Após a restrição, Washington viu o uso de sacolas plásticas cair 85%
em apenas um mês. O montante arrecadado com a venda vai para um projeto de
despoluição de rios.
Hong Kong
Para desencorajar o uso de sacolas plásticas pela população,
Hong Kong passou a cobrar uma taxa equivalente a 12 centavos de reais para cada
unidade de embalagem, em 2009. O dinheiro é recolhido em forma de imposto para
o governo. Para não colocar a mão no bolso, a população se habituou ao uso de
sacolinhas reutilizáveis.
Fonte: Exame