terça-feira, 24 de abril de 2012

Em workshop, ABES-SP consolida o papel do jovem profissional de saneamento


Evento também marcou a inauguração da Câmara Técnica de Educação Ambiental da Subseção Campinas



A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-SP), em continuidade à missão de disseminar práticas inovadoras e ser referência no segmento, realizou o II Workshop Panorama do Setor de Saneamento para Jovens Profissionais, na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, no dia 12 de abril.

Na ocasião, Jaqueline Rocha, secretaria da Subseção Itapetininga da ABES-SP, definiu o programa Jovens Profissionais do Saneamento (JPS) como uma oportunidade de desenvolvimento contínuo para despertar habilidades e lideranças entre os jovens que começam a atuar na área do saneamento ambiental, bem como satisfazer as necessidades presentes e futuras do setor.

Para fomentar a idéia, Fátima Valério de Carvalho, assessora da diretoria metropolitana da Sabesp, ministrou a palestra “Saneamento básico: experiências do passado, constatações do presente e o futuro, o que esperar?”.

Na apresentação, a especialista forneceu um contexto histórico aos presentes, ao citar as grandes epidemias e pestes alastradas pela Europa entre os séculos V e XV. “A partir deste ponto houve a consciência sobre a saúde pública, mas ela apenas seria correlacionada com o meio ambiente na Idade Moderna”, afirmou.

Segundo ela, devido à falta de planejamento, grandes déficits foram gerados, como a existência de 900 milhões de pessoas sem o acesso à água tratada atualmente. A especialista ainda citou as metas da Sabesp, que estipula em 95% a quantidade de esgoto coletado e em 100% o tratamento deste montante. “Este é o nosso desafio para o ano de 2023”, disse. “Entretanto, encontrar o equilíbrio entre as ações do homem e a conservação de recursos naturais é um desafio a todos nós”, completou.

Fátima apontou um dado alarmante da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), cuja estimativa denota a necessidade de R$ 155 bilhões para a universalização do saneamento no Brasil. Para finalizar, mencionou uma célebre frase do escritor Guimarães Rosa: “a água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba”.  


Nova câmara

O evento ainda reservou a inauguração da Câmara Técnica de Educação Ambiental da Subseção Campinas da ABES-SP. De acordo com Ana Lucia Brasil, coordenadora da Câmara Técnica de Comunidades Isoladas da Associação, o objetivo é conferir aos atuantes do setor uma ferramenta orientativa para conduzir projetos sociais.

Maria de Lurdes, representante da mesma câmara de Ana Lucia, disse que a nova representação se articulará com as demais. “Em São Paulo, temos uma estrutura melhor que os outros estados, mas os hábitos sanitários são os mesmos. Falta educação”, considerou, ao justificar a importância da nova câmara.

Ana Lucia também falou da história da ABES que, desde 1966, é reconhecida como uma instituição devidamente capacitada para exercer, de forma ampla e plural, uma significativa liderança nos diversos setores que integram o saneamento básico e ambiental brasileiro. “A ABES tem o diferencial de ser uma associação múltiplo-funcional, já que possui engenheiros, advogados, estudantes e jornalistas, entre outros profissionais, como sócios. Isto nos capacita a ter uma atuação muito mais ampla”, finalizou.  




por Victor Faverin





  


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