terça-feira, 26 de maio de 2015

Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas da ABES-SP realiza reunião ordinária com apresentação de engenheiros da Acqualimp

A Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas da ABES-SP (CTCI) reuniu seus membros nesta terça-feira, dia 26, na sede da entidade, para uma nova reunião ordinária. Na ocasião, os engenheiros Daniel Kuchida e Fernando Amorim da Acqualimp, companhia especializada em armazenamento e tratamento de água, apresentaram a palestra ‘Soluções de Água e Saneamento’ para os integrantes da câmara.
Os engenheiros iniciaram a apresentação trazendo alguns exemplos de tecnologias inovadoras de alta velocidade de implantação, utilizadas pela Acqualimp: cisternas, banheiros úmidos e biodigestores. Segundo eles, essas soluções permitem rapidez e a participação da comunidade no manuseio, instalação, manutenção e operação sustentável, além de permitirem a aplicação em larga escala.
Fernando Amorim destacou um projeto realizado em parceria com a Prefeitura do Guarujá, na região da Prainha Branca, onde está sendo viabilizada a implantação da tecnologia de biodigestores. “O biodigestor é muito leve e fácil de ser transportado, então é uma solução viável para essa comunidade. A instalação também é muito rápida e o próprio beneficiário pode fazer todo o processo de manutenção, que é muito simples.”
Daniel Kuchida ressaltou que há outros importantes projetos, que envolvem este tipo de solução, já instalados com grande eficiência. “Há mais dois grandes cases em que nós trabalhamos. Um é na cidade de Artur Nogueira, onde é muito disseminada essa cultura de usar o biodigestor; o outro é o projeto Conservador das Águas em Extrema, no sul de Minas Gerais, em que também participamos, que é um projeto que já foi bastante premiado.”
Os engenheiros ainda citaram a participação da Acqualimp no Programa Água para Todos, do Governo Federal. Segundo eles, na primeira etapa, a companhia atuou exclusivamente no fornecimento de cisternas de polietileno para atender às demandas do programa. No entanto, após notar as dificuldades na instalação dos produtos, a Acqualimp passou a trabalhar com toda a implantação das cisternas. “A gente entregava o produto e eles não sabiam instalar e acabava saindo tudo errado e causava deformações, pela má instalação. E mais: a equipe de mobilização social também não sabia o que falar das cisternas, o que começou a criar mitos a respeito delas, e a população passou a ficar com medo disso, achando que iria fazer mal a eles”,  explica Daniel.
Por isso eles passaram a trabalhar com o regime TurnKey, no qual uma única empresa fica responsável por todo o desenvolvimento e execução do projeto, o que consegue criar a sinergia entre todas as suas etapas. Desta forma, a Acqualimp tornou-se responsável, não só pela produção das cisternas, como também pela instalação e comprovação digital. A companhia também iniciou um plano de mobilização social com a população atendida, desmistificando alguns aspectos que envolvem o projeto e ensinando os beneficiários a realizar a manutenção das instalações.
Como resultados do Água para Todos, Daniel e Fernando relataram uma diminuição dos gastos da população, com um consequente aumento da renda, além de um significativo ganho de tempo e de qualidade de água. Segundo dados apresentados, 93% dos atendidos declararam que a saúde da família melhorou com o projeto.
Após a apresentação dos engenheiros, os membros da Câmara discutiram os resultados do Seminário “Segurança da Água para Consumo Humano - Como Moldar o Futuro da Água para as Partes Interessadas?”, no qual Ana Lucia Brasil, coordenadora da CTCI, ministrou a palestra ‘O desafio do saneamento para comunidade isoladas’.
O discutiu ainda sobre os preparativos do Seminário Regional de Saneamento Rural, que será realizado nos dias 22 e 23 de junho, em Campinas, e da Oficina Municipal de Saneamento – ABES-FUNASA, ainda sem data programada para acontecer.  
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