sexta-feira, 5 de abril de 2013

Rinocerontes ganham chifres "tóxicos" contra caça ilegal


Uma reserva privada na África do Sul adotou uma medida radical para combater a caça de rinocerontes para retirada de chifres: colocar uma mistura de veneno nos cornos dos animais com corante rosa. Nos últimos 18 meses, mais de 100 rinocerontes já receberam a mistura de corante e parasiticidas, substâncias que combatem parasitas, como carrapatos, segundo informa o britânico The Guardian.

A prática de abate tendo como único fim a retirada de chifres é uma prepcupação crescente que coloca em risco a espécie. Mais de 200 animais já foram abatidos para furto de chifres na África do Sul desde o começo do ano. Moído, o chifre do animal é vendido a centenas de dólares por grama no mercado negro para ser usado na medicina asiática.

Embora não seja tóxica para o animais, a mistura é bem agressiva para os humanos. Quem por acaso consumir algum medicamento feito com chifre envenenado pode sofrer de náusea, dor de estômago e diarréia, mas não corre risco de morrer. Por causa do corante rosa, o possível consumidor poderá identificar que se trata de um chifre envenenado.

Perguntado se tinha alguma preocupação quanto a prejudicar consumidores potencialmente ingênuos, o diretor de um grupo de proprietários de terras na província de Mpumalanga respondeu: "A prática é legal. Os produtos químicos estão nos mercados. Estamos anunciando  com a mídia essa ação e colocando sinais em nossas cercas. Se alguém consumir, não vai morrer, mas espero que a a mensagem se espalhe e que as pessoas parem de consumir chifres de rinocerontes”.

Fonte: Exame.com 

Telhado verde pode se tornar obrigatório em Curitiba


Grandes aliados no combate de problemas típicos das grandes cidades, como enchentes e ilhas de calor, os telhados verdes podem se tornar obrigatórios nas novas edificações de Curitiba.

Projeto de Lei (PL) apresentado pelo vereador Professor Galdino à Câmara Municipal propõe que, para serem aprovados pela Prefeitura da capital paranaense, os novos projetos de edificações residenciais ou comerciais que possuam mais de três unidades agrupadas verticalmente devem prever a construção de um telhado verde em sua cobertura.

O texto do Projeto ainda define que a vegetação usada na cobertura vegetal deve ser, preferencialmente, nativa e exigir pouca quantidade de água, para que não sirva de habitat para mosquitos como o Aedes aegypti.

Inspirada em um PL paulistano, a medida pretende reduzir a poluição do ar e as ilhas de calor em Curitiba e facilitar a drenagem da água de chuva, ajudando a evitar enchentes, além de trazer conforto térmico e isolamento acústico para os moradores e usuários das edificações.

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação e, agora, segue para análise da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Para virar Lei, ele ainda deve ser votado no plenário da Câmara Municipal de Curitiba e sancionado pelo prefeito da cidade.

Fonte: Planeta Sustentável 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Livro digital gratuito reúne memória de catadores de materiais recicláveis


Já está disponível o e-book “Memória dos Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (2001-2007)”, resultado de projeto contemplado com bolsas da Pró-reitoria de Extensão Universitária da Unesp (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho").

O livro integra um projeto, coordenado por Zélia Lopes da Silva, supervisora do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa da Unesp, Câmpus de Assis, que tem por objetivo preservar a memória das ações do grupo de catadores, que passaram a integrar a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis e Região (COOCASSIS).

O projeto contou com apoio de bolsistas do curso de História e professores do curso de Psicologia. Além da produção de livro sobre a memória dos catadores, houve a organização e catalogação de fotos da cooperativa e de matérias publicadas na imprensa local sobre a organização. Também foi elaborada uma exposição sobre o projeto.

Fonte: Ciclo Vivo 

Alemanha fecha usinas nucleares e produção de energia limpa sobe 23%


Após o acidente nuclear de Fukushima, muitos países decidiram repensar suas matrizes energéticas. A Alemanha está entre os que anunciaram o fechamento de suas usinas nucleares. Em troca disso, a nação alcançou crescimento de 23% em energia renovável.

Os alemães anunciaram em 2011 o compromisso em fechar as 22 usinas nucleares em atividade no país. Desde então, o trabalho tem sido feito gradualmente. Até o momento, oito usinas já foram desativadas e a previsão é de que até 2022 todas estejam fora de uso.

Para suprir a demanda, o país passou a optar por alternativas sustentáveis. A energia gerada através de fontes consideradas limpas ajudou a Alemanha a manter seus padrões de produção e ainda rendeu lucros de 1,4 bilhão de euros aos cofres do país.

Um dos exemplos da estratégia bem sucedida é o investimento em energia solar. Nos últimos dois anos o país recebeu 1,3 milhão de sistemas fotovoltaicos, que geraram energia para abastecer oito milhões de casas em 2012.

A relação entre energia exportada e importada também teve saldo positivo, com os melhores índices desde 2008. Conforme informações de agências locais, foram exportados 66,6 TWh (terawatts/hora), enquanto as importações não chegaram a 44 TWh.

Mesmo que o país tenha alcançado níveis extraordinários, a energia na Alemanha ainda é bastante poluente devido à dependência do carvão para a produção de eletricidade. Além disso, as mudanças no sistema geraram aumento de 47% nos custos pela energia encaminhados diretamente ao consumidor final.

Fonte: Ciclo Vivo 

Maratonas devem ficar mais lentas devido ao aquecimento global


O aquecimento global pode inverter a tendência de melhores tempos em provas de atletismo, principalmente em maratonas. Esta é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Boston, que fizeram projeções para os próximos 90 anos.

Os atletas que praticam atividades físicas ao ar livre estão sempre sujeitos às variações no clima. Para os corredores, o sol é um grande inimigo o vento e as chuvas também podem afetar diretamente o desempenho nas ruas e pistas.

Diante destes fatos, os pesquisadores norte-americanos decidiram avaliar quais seriam os impactos do aquecimento global na performance dos maratonistas. Para chegar à conclusão foram considerados os tempos registrados nas maratonas de Boston desde 1933 até 2004.

Homens e mulheres foram avaliados, bem como as condições do clima nos dias em que as provas ocorreram. “Nós descobrimos que as temperaturas mais quentes e ventos contrários no dia da prova tornavam a corrida mais lenta, aumentando o tempo do vencedor”, explicou o professor Richard Primack.

Apesar de as mudanças tecnológicas e nos treinamentos terem colaborado para muitas quebras de recordes nos últimos anos, os cientistas alertam para uma possível mudança neste cenário. Segundo os pesquisadores, a tendência é de que as temperaturas subam 0.058ºC por ano até 2011. Isso aumentaria em 95% as chances de ocorrência de maratonas mais lentas.

Fonte: Ciclo Vivo 

Amplificador feito com instrumentos musicais velhos funciona sem energia elétrica



O sucesso dos smartphones impulsiona a criação de adereços e complementos para “turbinar” o celular. Não faltam opções de cases, aplicativos, películas de tela, headphones mais potentes. A maior parte do público que consome esses produtos é jovem, mas, que apesar da idade, muitas vezes procura por acessórios que remetem a décadas passadas. Nesse sentido, um artista plástico desenvolveu um amplificador com instrumentos antigos. A peça parece ter saído de um velho baú, exatamente do jeito que os “moderninhos” gostam.

Além de agradar aos jovens, o acessório pode fazer sucesso com o público mais consciente ecologicamente. Ao contrário de muitos produtos com ares de antiguidade, o amplificador desenvolvido por Christopher Locke, de fato, reaproveita itens feitos de bronze que estavam esquecidos em algum canto. Ele ainda recupera sucatas de aço, lâmpadas e materiais descartados de seus próprios trabalhos anteriores.


Outra característica interessante é que a peça não necessita de nenhuma fonte de energia para funcionar. Ela transmite o som de aparelhos como iPhone e iPad com a mesma eficiência de um amplificador convencional. Muitas pessoas também deve se interessar pelo fato de cada peça ser exclusiva.


A criação dos amplificadores “vintages” é inspirada nos fonógrafos, aparelho inventado por Thomas Edison para a gravação e reprodução de sons através de um cilindro, pois ele batizou a coleção de “Tele-fonógrafo Analógico”. Em seu site, ele divulga o portfólio com todos seus trabalhos já realizados.

Locke é do Texas, Estados Unidos, caso tenha interesse em adquirir uma de suas peças ou encomendar uma personalizada, entre em contato com o artista através deste link.


O CicloVivo já mostrou algumas opções de amplificadores feitos com materiais reciclados, como o aparelho de bambu feito por filipinos e alto-falantes portáteis feitos com papel reciclado.


O vídeo abaixo mostra como funciona o amplificador de instrumentos musicais:



Fonte: Ciclo Vivo 

Nos EUA, maria-fumaça é movida a óleo vegetal


Um dos mais tradicionais passeios de maria-fumaça dos Estados Unidos está prestes a iniciar uma operação inédita e ecologicamente correta. A partir do próximo mês, a locomotiva a vapor que leva turistas ao Grand Canyon passará a operar movida a óleo vegetal.

Nos últimos anos, boa parte das marias-fumaça espalhadas pelo mundo parou de funcionar devido às preocupações com os impactos ambientais gerados por estes passeios. Porém, a nova tecnologia pode fazer com que essas viagens cheguem quase à neutralidade em carbono.

A locomotiva 4960 foi construída em 1923 e pertence à empresa Grand Canyon Railway. Já no mês de maio ela começará a transportar turistas pelos mais que cem quilômetros de trilhos que ligam Williams, no Arizona, à borda sul do Grand Canyon.

Apesar de ser um motor histórico, a tecnologia aplicada é totalmente nova. O único combustível utilizado para fazê-la funcionar são resíduos de óleo vegetal. O material é obtido em restaurantes, pousadas e parques nacionais da região. Além de reduzir a poluição, esta também é uma opção para dar uma destinação adequada ao óleo de cozinha usado.

Sobre a eficiência da tecnologia, Bob Baker, gerente geral da Grand Canyon Railway, explica que o funcionamento é bastante semelhante ao das locomotivas a vapor tradicionais. “Você não vai perceber nada até chegar perto. Ele tem cheiro de peixe e batatas fritas”, brincou Baker.

Fonte: Ciclo Vivo

A hora e a vez da hidrovia


Além da rotina das grandes cidades estranguladas, já não somente nas horas do pique, por carros andando lentamente, e milhares estacionados nas ruas, o país vive agora o caos dos caminhões enfileirados por quilômetros a caminho dos portos marítimos.

E a tendência é que esse status quo só piore com o tempo. Continuam as isenções de impostos para veículos que vão se somar aos outros milhões que atravancam rodovias e estradas municipais.

Ninguém parece perceber que a crise se acentua. A cada ameaça de retirar as isenções para a compra de carros são brandidos os argumentos de empregos a conservar. E o governo cede.

Neste cenário parece promissor o anúncio de "pacotes" de incentivo à melhoria dos portos e à revitalização das hidrovias. Um especialista lembrou, em um recente evento destinado a mostrar o projeto da Hidrovia Brasil-Uruguai, realizado em Porto Alegre, que não existe bandeira brasileira tremulando em navios nos mares do mundo.

Isto significa que o Brasil abdicou de uma alternativa de transporte que deveria ser sua vocação natural. Talvez nenhum país do mundo tenha costa marítima tão longa quanto o Brasil. Em vez de uma potência na navegação aqui reina absoluto o automóvel. Em lugar de uma barcação carregando containers preferimos 100 caminhões na estrada.

Nunca se sabe o resultado de um projeto quando ele começa a ser feito. E nem se serão duradouras as intenções de incentivar o transporte hidroviário. Mas é chegada a hora da hidrovia. Ou vamos continuar pagando cada vez mais caro pelo privilégio egoísta de ter um carro estacionado em frente à nossa ou nosso emprego.


Fonte: Revista TAE

Ação em Recife distribui sacolas biodegradáveis na praia



A distribuição de sacolas plásticas biodegradáveis garante a limpeza do local e o uso de material de coleta ecologicamente correto. | Foto: Lila Rodrigues/Divulgação

Apesar de todos os males que as embalagens plásticas podem causar ao meio ambiente às vezes seu uso é inevitável. Na praia, por exemplo, é preferível levar as tradicionais sacolas a deixar o lixo espalhado na areia. Os moradores de Recife, no Pernambuco, têm uma alternativa mais ecológica: através do Projeto “Praia Limpa, Praia Viva”, os banhistas utilizam sacolas fabricadas com matérias-primas naturais de fontes renováveis, como o amido de milho.

O projeto desenvolvido pela Globo Nordeste, em parceria com a Prefeitura do Recife, atua na praia de Boa Viagem. A distribuição de sacolas plásticas biodegradáveis garante a limpeza do local e o uso de material de coleta ecologicamente correto.

A previsão é de que sejam distribuídas 800 mil sacolinhas de lixo até o fim da iniciativa. Além disso, serão dispostas cerca de 200 dunas (sacos de lixo maiores) para agregar as sacolas utilizadas pelos barraqueiros e banhistas.

O material é distribuído por monitores treinados e identificados com o uniforme do “Praia Limpa, Praia Viva”. Durante a ação, eles também orientam o público sobre a importância de preservar o meio ambiente e manter a praia limpa.

O grupo ainda entrega pulseirinhas de identificação para crianças, ajudando na localização delas durante o passeio na praia. Apesar de ocorrer durante todo o ano, a iniciativa é intensificada nos meses de verão, período em que ocorrem mais atividades de comércio e lazer na orla.

Com informações do G1.

Fonte: CicloVivo

NovaDutra substitui lâmpadas comuns por LED em marquises de pedágio



Foram substituídas 683 luminárias tradicionais por 360 luminárias a LED de 100 Watts. | Foto: Divulgação

A CCR NovaDutra encerrou em março o processo de substituição de lâmpadas comuns por luminárias a led na iluminação das marquises das sete praças de pedágio que operam na Via Dutra.

Segundo Marco Antônio Rodrigues, responsável pela área de TI da CCR NovaDutra, a substituição está inserida no programa de sustentabilidade da empresa, que tem buscado minimizar a utilização de recursos naturais e adotar práticas menos poluentes.

“As luminárias a led podem substituir com vantagens as luminárias convencionais, mantendo a mesma luminância com maior eficiência energética e sem a utilização de metais pesados”, informa Rodrigues. “O led tem vida útil cinco vezes maior que a iluminação convencional, não emite raios UV e RI, oferece economia de energia e maior eficiência”.

Ao todo, foram substituídas 683 luminárias tradicionais por 360 luminárias a LED de 100 Watts, proporcionando uma redução mensal no consumo na casa dos 24 mil kWh.

Fonte: Ciclo Vivo

Pesquisadora desenvolve jeans sustentável


Impacto ambiental é significativamente menor


Uma das tendências mais comuns nos dias de hoje é a mistura de moda e sustentabilidade. Isso porque a indústria têxtil tem um grande impacto sobre o meio ambiente.

A fabricação de calças jeans, por exemplo, é um dos principais problemas. Os números são alarmantes: de acordo com matériapublicada no New York Times em 2011, uma calça consome aproximadamente 3,5 mil litros de água durante seu ciclo de vida, desde sua fabricação até seu descarte.

Além disso, o algodão, matéria prima do jeans, utiliza 3% da água disponível no planeta e responde por 6% do consumo de pesticidas no mundo. Isso sem contar as tinturas tóxicas usadas para colorir as calças, que muitas vezes acabam indo parar em rios e lagos.

Pensando em uma alternativa para esse problema, a pesquisadora Dawn Ellams, da Universidade Heriot-Watt, na Escócia, desenvolveu um novo tipo de jeans, que pode representar uma alternativa ao encontrado no mercado atualmente.

Tencel

O Tencel é uma fibra de celulose feita a partir da polpa da madeira, cuja produção é menos impactante ao meio ambiente.

Para se ter uma ideia, a fibra utiliza 1/50 de toda a energia, água e químicos necessários para a produção de um modelo jeans convencional, de acordo com Ellams.

Para se chegar à fibra, que tem atributos estéticos, de performance e ambientais, é preciso retirar tudo o que não for natural da madeira e, na sequência, extrair a polpa. Em seguida, ela é dissolvida e a fibra se forma.

Foi utilizada uma técnica digital de impressão para que a calça jeans de Tencel tivesse uma aparência bem semelhante à dos modelos tradicionais.

Outra vantagem é que esse tipo de fibra tem como base as florestas de eucalipto, que podem ser reflorestadas e que utilizam menos agrotóxicos e pesticidas do que as plantações de algodão.

Uma boa alternativa que pode se tornar competitiva a médio prazo.

Confira abaixo um vídeo sobre a produção do Tencel:



Fonte: eCycle

Ferramenta ajuda a evitar desperdício de água na hora do banho de banheira

Water lock permite que você limite a quantidade de água que usar na banheira


Nada melhor do que chegar em casa e tomar um relaxante banho de banheira. Mas pensando em termos de consumo de água, essa atitude prazerosa pode não ser tão boa assim, já que, independentemente do tamanho da banheira, uma grande quantidade de água é gasta para enchê-la.

Com o intuito de controlar esses banhos de banheira e assim reduzir o desperdício de água, um grupo de estudantes e professores da Universidade Nacional de Tecnologia de Taipei, na China, desenvolveu uma ferramenta conceitual chamada Water Lock, que permite limitar a quantidade de água que é despejada na banheira. O dispositivo funciona como um cadeado com senha. Ele bloqueia o fluxo de água automaticamente quando atinge o limite definido pelo usuário.


O dispositivo utiliza o princípio da combinação de um cadeado com senha para sua operação e não necessita de nenhum tipo de eletricidade. Assim, além de evitar o desperdício de água, poupa energia. É a junção de duas funções em uma coisa só: um medidor de água e um bloqueador da torneira para conter o fluxo de água. Ele mostra o volume de líquido que a banheira contém e desliga a torneira de forma automática.

O Water lock foi o vencedor do Red Do Award: design concept de 2012, na categoria melhor design conceitual. Esse que é considerado o maior e mais prestigiado prêmio de design do mundo. E  como essa ferramenta ainda é um conceito, não está sendo produzida em larga escala. No entanto, tem tudo para se tornar realidade em breve.



Fonte: eCycle

Quênia tem bar flutuante e sustentável



Além de ser diferente em seu formato, o bar também é sustentável e foi feito com itens reaproveitados e locais. | Foto: Reprodução/Facebook

O Lamu Floating é um bar flutuante localizado no canal entre Manda e as Ilhas Lamu, no Quênia. Além de ser diferente em seu formato, o bar também é sustentável e foi feito com itens reaproveitados e locais.

O que mantém a estrutura sobre as águas tranquilas de Lamu são 240 tambores plásticos, que originalmente foram usados para o transporte de glicose. O restante da estrutura é feito com materiais obtidos localmente, como a madeira de palma e cedro.


O bar existe desde 2007 e é propriedade do empresário britânico Peter Giau. A ideia levou apenas quatro meses até que se tornasse realidade e virasse uma referência local em espaço para entretenimento.

Para minimizar o impacto ambiental da estrutura e torná-la mais eficiente energeticamente, foram instalados quatro painéis solares que fornecem toda a eletricidade necessária para o funcionamento do bar. Por conta disso, o ambiente é iluminado com poucas lâmpadas e velas, assim é possível gastar energia com a música.


Os clientes que frequentam o Lamu podem ficar tranquilos quanto à segurança. O local é totalmente licenciado pelas autoridades locais e possui capacidade para abrigar até 250 pessoas. Até mesmo os mochileiros podem fazer uma parada no local, que possui quatro cabines com cama, almofadas e banheiro. Lá é possível aproveitar a bebida enquanto o barco se move por belas paisagens.

Fonte: CicloVivo

Inclusão verde



Um dos mais importantes componentes na cadeia de reciclagem, o catador de lixo nunca recebeu o devido valor. Atenta a esse fato, a atriz Isabel Fillardis fundou, em 2003, o Instituto Doe Seu Lixo, no Rio de Janeiro, ao lado do marido, o gestor ambiental Julio Santo. Hoje, o Instituto atende 281 cooperativas e cerca de 9 mil catadores no país

Como é o trabalho do Instituto?
Trabalhamos principalmente com a capacitação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis do Brasil todo, em parceria com o Instituto Coca-Cola Brasil. Criamos uma metodologia para que eles possam se profissionalizar, se inserir na sociedade e gerar renda.

Como essa metodologia funciona na prática?
Quando as cooperativas nos procuram ou nós as encontramos, analisamos a forma como trabalham. Depois, propomos mudanças de gestão para todo o processo produtivo, que começa por torná-los burocraticamente uma empresa classificada como cooperativa.

E os projetos para o futuro?
Teremos uma Usina de Triagem e Reciclagem nas cidades-sede da Copa que ficará de legado à população local. Ela será um centro de excelência em triagem de resíduos sólidos recicláveis que otimiza o desempenho do catador e seu trabalho. Em julho passado, a capacidade de produção foi de 200 toneladas/mês, mas pode chegar a 600 toneladas.


Fonte: Planeta Sustentável

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Aplicativo indica peixes ameaçados de extinção e ajuda consumidor a escolher melhor


Para ajudar o consumidor a escolher melhor os tipos de peixes que vai consumir, a ONU lançou o aplicativo AppliFish, que informa o grau de vulnerabilidade de mais de 550 espécies marinhas.

São peixes, polvos, lagostas e tubarões classificados em quatro categorias:

- Em perigo, para animais cujo consumo deve ser 100% evitado, como o atum-rabilho (Thunnus thynnus) e o esturjão beluga (Huso huso);
- Vulnerável, para os pescados que estão em situação de alerta, como o bacalhau-do-atlântico (Gadus morhua);
- Menor preocupação, para os que podem ser consumidos - mas, claro, sempre com bom-senso -, como o atum-branco (Thunnus alalunga) e o bonito (Sarda sarda) e
- Dados deficientes, para espécies ainda pouco estudadas.

A ideia é que o consumidor consulte a ferramenta na hora das compras e, assim, opte por um pescado que não esteja ameaçado de extinção em decorrência da pesca predatória e do consumo irresponsável. O AppliFish também fornece informações sobre os animais, como características físicas e mapa de distribuição.

O app foi desenvolvido pela plataforma i-Marine, formada por 13 institutos de pesquisa, universidades e organizações internacionais de três diferentes continentes, e está disponível, em inglês, para iPhone e Android.

Fonte: Superinteressante 

Marca francesa de perfumes estimula recarga das embalagens

Com o reabastecimento do frasco na Fonte, clientes pagam apenas pela fragrância e economizam mais de um terço do preço original



Foto: divulgação

Se você é daqueles que prefere comprar sempre o mesmo perfume, que tal optar por recarregar o produto em vez de comprar uma nova embalagem? Essa é a ideia da marca francesa Thierry Mugler ao disseminar o conceito por meio da campanha “Empty Bottles”.

O projeto, lançado na primeira semana de abril em São Paulo, estimula os consumidores a reutilizarem os frascos de perfumes, especificamente as fragrâncias Angel e Alien, a partir de uma recarga chamada Fonte (The Source). Essa Fonte pode ser encontrada em mais de 70 perfumarias do Brasil, sendo 25 delas apenas em São Paulo.

A marca pretende programar esse ano ações para aumentar a sensibilização das consumidoras sobre os benefícios da recarga, incentivando o uso correto e mudanças de hábitos.

Benefícios

Com o reabastecimento do frasco na Fonte, clientes pagam apenas pela fragrância e economizam entre 35% e 40% sobre o preço do frasco original. Em termos de energia necessária para cada etapa do ciclo de vida, com os cartuchos e embalagens associados, a Fonte Dupla economiza 220 MWh em todo o mundo: isso é o equivalente à iluminação de 1.300 famílias, segundo a empresa.

Fonte: Ecodesenvolvimento.com 

Transforme embalagens de alimentos em diversão para as crianças



Transformar o que provavelmente iria para o lixo em brinquedos ajuda a estimular e conscientizar crianças sobre a importância da reciclagem e os benefícios dessa prática.

Além disso, a construção do seu próprio brinquedo contribui para o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, pois as crianças terão a oportunidade de explorar e utilizar objetos que fazem parte de seu cotidiano. Elas podem aprender que não há problema nenhum em jogar com o seu “lixo”.

Telefone de lata

Foto: Joel Henriques/Made by Joel

Latas de milho, ervilha ou extrato de tomate podem virar brinquedos divertidos para a criançada. Um exemplo é o telefone que pode utilizar tanto as latas como copos plásticos. E ele é bem simples de confeccionar, basta ter a mais barbantes e palitos.

Boliche


Foto: Jill Dubien/Meet the Dubiens

Na hora da diversão com materiais reciclados, por que não tentar criar jogos? Este jogo de boliche feito de garrafas de plástico pode ser feito facilmente pela própria criançada. O projeto pode render tardes de pintura, aprendizado e brincadeiras.

Barquinhos

Foto: Maggy Woodley/Red Ted Art

Para quem tem criatividade as caixinhas de ovos podem ter mil e uma utilidades. Para as crianças, elas podem ser transformadas em barquinhos resistentes. Quer saber como faz? Aprenda no tutorial do site Woodley.

Pé de lata
Foto: Ana Dziengel/Babble Dabble Do

As latas maiores, como de leite, achocolatados ou frutas em caldas, podem reviver brincadeiras antigas como o “pé de lata”, uma diversão recomendada para crianças acima de 5 anos. Segundo especialistas, a brincadeira ajuda na coordenação motora e equilíbrio. A confecção é fácil, mas deve contar com a ajuda de um adulto.

Modo de fazer: Faça dois furos diametralmente opostos no fundo da lata. Passe uma corda de náilon de 1,2 metro pelos furos da lata e una as extremidades com um nó bem forte dentro do recipiente. Coloque a tampa e decore com retalhos de plástico adesivo ou tinta. Faça o mesmo com outra lata.

Caderno de desenho


Foto: Elise Engh/Grow Creative

Em alguns passos simples, caixas de cereais podem virar capas de cadernos de desenhos. Acompanhe o passo-a-passo no site Grow Creative.

Fonte: Ecodesenvolvimento.com 

Como seria o céu das cidades sem a poluição da luz


Quem mora em cidade grande sabe bem como pode ser frustrante tentar enxergar estrelas no céu à noite. Isso acontece pelo excesso de iluminação artificial, responsável pela poluição luminosa, que ofusca a visão das pessoas, atrapalha o trabalho dos astrônomos e até afeta os animais noturnos.

Para mostrar o verdadeiro espetáculo natural que estamos perdendo, o fotógrafo Thierry Cohen recriou na série Darkened Cities como seria o céu das grandes cidades do mundo se simplesmente pudéssemos apagar todas suas luzes.

Primeiro, ele fotografou a área urbana, anotando o ângulo, horário e coordenadas usadas naquele momento. Partindo daí, ele fez uma série de cálculos para encontrar em regiões remotas, que não sofrem poluição luminosa, como desertos e planícies, o “mesmo” céu que não pôde ser observado na cidade. Dessa forma, Cohen conseguiu capturar o véu estrelado que faltava.

Para revelar a beleza do céu noturno das cidade do Rio e de São Paulo, por exemplo, o fotógrafo mirou o deserto de Atacama, no Chile. E para mostrar como seria o céu de NY no escuro, ele foi para o deserto de Black Rock, em Nevada. Já para Hong Kong, recorreu ao Saara Ocidental.

Los Angeles

Nova York

Hong Kong 

Rio de Janeiro 

Rio de Janeiro 

São Francisco

Xangai 

São Paulo 

Tóquio  


Fonte: Exame.com 

Empresa brasileira lança sandália que se desintegra após 5 anos de desuso



O material se degrada 50 vezes mais rápido do que a borracha sintética. | Foto: Divulgação


A Amazonas Sandals está lançando uma linha de sandálias que contribuem para o equilíbrio ecológico do planeta. A linha Bio Rubber é desenvolvida a partir de uma borracha biodegradável vulcanizada, obtida através do látex natural extraído das seringueiras da Amazônia.

Esse material, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia AMAZONAS, se degrada após cinco anos de desuso, ou seja, 50 vezes mais rápido do que a borracha sintética – que leva cerca de 500 anos para ser absorvida pelo meio ambiente.

A empresa ressalta que a sandália não irá se desintegrar enquanto estiver guardada no armário. Para que ocorra a decomposição, o modelo precisa ser descartado em condições favoráveis, em um ambiente com água, gás carbônico e terra, como um aterro sanitário, por exemplo.

Além de não poluir o ecossistema, as sandálias da linha Bio Rubber são confortáveis e têm um design orgânico e arrojado. Nas versões chinelo e gladiadora, os modelos trazem as cores, estampas e grafismos inspirados nos elementos e na cultura Amazônica.

O Grupo Amazonas possui nove fábricas ao total, sendo duas no exterior. A Amazonas Sandals foi lançada no mercado em 2011 com um conceito ecológico de sandálias femininas e masculinas.

Fonte: CicloVivo

Looper: um acampamento confortável e sustentável


 
Segundo os criadores, a estrutura foi inspirada na forma de lagartas

Fotos: Divulgação

Quem não gosta de acampar pode mudar de ideia depois que conhecer o Looper. Trata-se de uma habitação pré-fabricada, criada pela empresa Nomadic Resorts, do Sri Lanka, que une mobilidade, conforto e sustentabilidade.

A moradia nômade é um abrigo de baixo impacto, possui um sistema de tratamento de águas residuais e é alimentado por energia renovável. Ela é feita de um leve tecido de tração esticado sobre uma armação de madeira de reflorestamento e mede 10 metros de comprimento, 4 metros de largura e 3 de altura. A barraca high-tech pode ser instalada em florestas, praias, montanhas e desertos.


Segundo os criadores, a estrutura foi inspirada na forma de lagartas - é composta de segmentos que se dobram para fora para criar uma estrutura curvilínea. O local é dividido em cômodos como banheiro com chuveiro quente, sala, quarto com ar-condicionado, um pequeno escritório com Wi-Fi e um deck. Com o apertar de um botão, o telhado da sala interior se abre para revelar o céu.


Cada parte da casa possui painéis solares que fornece eletricidade para as luzes LED, o sistema de ar-condicionado e o chuveiro quente. A água fornecida vem de um tanque que capta o recurso da chuva.

Além disso, o Looper fornece excelente privacidade, isolamento acústico e é protegido contra visitantes indesejados, como os mosquitos.


Reúso de água e seus benefícios para a indústria e meio ambiente


por Carla Legner

Reúso é o processo de utilização da água por mais de uma vez, tratada ou não, para o mesmo ou outro fim. Essa reutilização pode ser decorrente de ações planejadas ou não. A água de reúso tratada é produzida dentro das estações de tratamento e pode ser utilizada para inúmeros fins, como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em diversos processos industriais, em prefeituras e entidades que usam a água para lavagem de ruas e pátios, no setor hoteleiro, irrigação/rega de áreas verdes, desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais e lavagem de veículos.

A escassez de água nos grandes centros urbanos e o aumento de custos para sua captação e posterior tratamento, devido ao aumento do grau de poluição das fontes de água, faz do reúso de água um tema de enorme importância nos dias atuais.

Vantagens

A grande vantagem da utilização da água de reúso é a de preservar água potável exclusivamente para atendimento de necessidades que exigem a sua potabilidade, como para o abastecimento humano. Entre outras vantagens estão a redução do volume de esgoto descartado e a redução dos custos com água, luz e esgoto.

A água já utilizada (água residuária) é coletada e encaminhada, por meio de tubulações, a uma central de tratamento. Depois de tratada e com seus parâmetros de qualidade ajustados à finalidade a que se destina, a água é encaminhada para o consumo de reúso. No caso dos efluentes domésticos, pode-se fazer o reúso do esgoto bruto e da chamada água cinza, que é a parte do esgoto que vem de chuveiros, lavatórios e lavagem de roupas, excluindo-se o que vem de vasos sanitários e de cozinhas.

Na maior parte dos casos de reúso em empreendimentos comerciais e residenciais, privilegia-se o reúso da água cinza, que é coletada em tubulações separadas das demais, que levam a água para o ponto onde fica instalado o sistema de tratamento. Em geral, a central de tratamento fica na parte baixa dos prédios e a água, após tratamento, é bombeada, de volta, para o abastecimento dos pontos de consumo de água não potável, como a descarga de vasos sanitários, rega de jardins e canteiros, lavagem de pisos e calçadas, reposição de água em sistemas de refrigeração, lavagem de veículos.

De acordo com Sibylle Korff Muller, engenheira da AcquaBrasilis Meio Ambiente, empresa especializada no tratamento de esgoto doméstico, o principal benefício do reúso de água é preservar os recursos hídricos do Planeta e permitir que a chamada água potável seja direcionada apenas para as finalidades mais nobres, como as de consumo humano e animal e as de contato direto com as pessoas.

“Tendo em vista os altos preços da água potável e, substituindo-se por água de reúso, os volumes de água geralmente usados em todos os fins em que a potabilidade não é necessária reduz-se o volume de consumo de água comprado das concessionárias de águas e esgotos e, garante-se ao empreendedor/usuário, uma enorme economia financeira pela redução de sua conta de água”, ressalta.

“Nas indústrias, por exemplo, ao mesmo tempo em que agrega uma dimensão econômica ao planejamento econômico dentro da sua política de gestão dos recursos hídricos, acrescenta também a boa prática ambientalmente correta, valorizando os seus produtos e marca junto aos seus consumidores”, explica Luiz Abrahão, engenheiro de tecnologias e processos da Veolia Water Brasil.

  
Tipos de reúso

O reúso de água pode ser indireto ou direto. O indireto ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada, em sua forma diluída.

O direto ocorre quando os efluentes, após serem tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reúso, não sendo descarregados no meio ambiente.
Sibylle explica ainda que existem basicamente os processos biológicos e os físico-químicos. A empresa dá preferência aos processos biológicos por serem eficientes e não produzirem lodos químicos, como acaba acontecendo com os processos físico-químicos, que se caracterizam pela decantação dos poluentes mediante adição de produtos químicos.

Os processos biológicos são geralmente baseados em decantação e degradação biológica da matéria orgânica existente no efluente, a sua maior carga poluente. Utilizam-se, para isto os microorganismos do próprio efluente que com introdução de ar, acabam por realizar o trabalho de tratamento da água. “Ao final do processo, após a chamada clarificação da água, na maioria das vezes por decantação, é necessária, ainda, a desinfecção do efluente, a qual pode ser feita com cloro, uv ou outro processo, desde que se deixe um valor residual de cloro no tanque de armazenamento da água de reúso”, completa Sibylle.

Atualmente, com mais de 45 sistemas de reúso de águas cinza em operação espalhados pelo Brasil, a AcquaBrasilis já mostrou aos empreendedores de que o reúso de água é uma realidade possível, que os sistemas são confiáveis, têm boa tecnologia, assistência técnica eficaz, com baixa manutenção, simples e fácil operação, baixo consumo de energia e trazem uma boa economia na conta de água e, ainda, melhoram a sua imagem frente aos seus clientes e investidores.

“É um mercado em ascensão. No entanto, deve-se sempre visar o atendimento de parâmetros mínimos de qualidade da água de reúso resultante do processo escolhido. Daí, a enorme importância de bons projetos e da aplicação de processos confiáveis, bem como, de uma operação bem automatizada que já possa eliminar eventuais falhas humanas”, finaliza a engenheira.

A empresa Veolia Water Brasil possui a linha completa de equipamentos e sistemas para o tratamento de águas visando reúso. “Na realidade, não há simplesmente uma única tecnologia capaz de garantir a qualidade de água para o reúso, mas sim a combinação de sistemas e equipamentos, tais como clarificação, filtração, membranas, carvão ativado, ultravioleta, etc. É claro que a associação dessas tecnologias dependerá de alguns critérios importantes: capacidade da planta, tipo e concentração dos contaminantes presentes na água a tratar, finalidade da água de reúso, área e custos de implantação da planta de tratamento”, explica o engenheiro.

Para etapas de clarificação, a Veolia possui o Actiflo™ e o Multiflo™ que são processos físico-químicos de alta-taxas e de grande eficiência na remoção de material em suspensão e certos compostos orgânicos e inorgânicos. Na área de filtração, pode-se contar com o equipamento Discfilter/Drumfilter, filtros abertos ou fechados com diversos materiais filtrantes, membranas de micro, ultra e nano-filtração além de sistema de osmose reversa e eletrodiálise inversa para a remoção da salinidade dos efluentes a tratar.

O futuro e o presente do reúso de água


De acordo com Luiz, o mercado de reúso de água vem duplicando o seu volume de tratamento em média a cada cinco anos. “A Veolia está presente nesse mercado com muitas referências espalhadas pelos diversos continentes e já soma mais de três milhões de m3 por dia em plantas de tratamento visando reúso de água. Por isso, é um dos focos principais de atuação no mercado brasileiro nas áreas municipal e industrial”, completa.

Fernando Barros Pereira, engenheiro civil e gerente comercial da General Water, empresa que implanta e opera desde a captação da água até o tratamento dos efluentes para reúso e descarte, explica que o reúso pode ser feito de diversas maneiras, das mais simples às mais sofisticadas. As estratégias mais comuns e difundidas são o reúso de efluentes industriais (cujo tratamento variará conforme a caracterização do efluente), o reúso de esgoto doméstico ou águas negras e o reúso de águas cinza.

“A General Water trabalha com sistemas de tratamento de esgoto doméstico e efluentes industriais e a água de reúso proveniente dos nossos sistemas é destinada aos mais variados usos, como lavagem de pisos, irrigação, descargas de vasos sanitários e mictórios e processos industriais. Posso destacar, inclusive, o desenvolvimento de um sistema no Shopping Iguatemi Campinas que reduz a temperatura interna do Shopping através da aspersão controlada de água de reúso na cobertura do complexo.
Em virtude de condições de escassez extrema, alguns países do mundo, como Israel, Cingapura e Namíbia já fazem o reúso direto de esgoto para fins potáveis”, enfatiza Fernando.

O gerente explica também que existem diversos tipos de tecnologia, cuja escolha deve ser baseada na qualidade do efluente a ser tratado e na qualidade requerida para a água de reúso. Para a produção de água de reúso a partir do tratamento do esgoto doméstico posso destacar o sistema MBR, que combina um reator biológico de lodos ativados com membranas de ultrafiltração. Trata-se da mais moderna tecnologia para tratamento de esgoto existente. Dentro da tecnologia de MBR, a General Water trabalha tanto com membranas tubulares, quanto com membranas de placas planas, buscando sempre adequar os projetos às necessidades e particularidades de cada cliente.


“A demanda por soluções sustentáveis vem crescendo exponencialmente, o que faz com que o mercado de reúso também se beneficie deste crescimento. Essa tendência é muito interessante para todos nós, seres humanos, pois o setor, além de gerar empregos e desenvolvimento, traz benefícios ambientais muito valiosos para a sociedade”, ressalta Fernando.


Por meio da divisão de negócios Water & Process Solutions, a Dow oferece um amplo portfólio com as mais modernas tecnologias para tratamento e reúso de água: osmose reversa, ultrafiltração e em resinas iônicas. Tais soluções podem ser utilizadas em diversas aplicações como em água industrial, na área farmacêutica, em geração de energia, dessanilização, tratamento de efluentes e reutilização, entre outras.

De acordo com Flávia Costa, representante da Dow, a osmose reversa é utilizada em processos de purificação de água por meio da remoção de sais e outras impurezas. Além desta aplicação, a tecnologia também está sendo utilizada em processos industriais devido ao seu desempenho e custo-benefício. Esta tecnologia também é indicada para locais com alto índice de salinidade, em que há muita contaminação orgânica. “Seja para dessalinização de água do mar ou para aplicações tradicionais como desmineralização de água para caldeiras, torres de resfriamento e reúso em processos industriais, o mercado de osmose reversa está em franca expansão”, completa Flávia.

A ultrafiltração é um processo de purificação impulsionado por pressão no qual a água e substâncias de baixo peso molecular penetram por uma membrana e as partículas, coloides e macromoléculas são rejeitadas. O fluxo através da membrana semipermeável se dá por meio de uma diferença de pressão entre as paredes internas e externas da estrutura da membrana.

No caso das resinas de troca iônica, elas trabalham com o tratamento primário de água de alimentação de caldeiras. Possuem sua estrutura baseada em um copolímero de Estireno e Divinilbenzeno, o qual oferece uma série de vantagens em termos de capacidade e estabilidade. A sua porosidade única e alta estabilidade térmica garante a mais completa remoção de compostos orgânicos durante o processo de tratamento de água.

“O grande diferencial está no seu tamanho de partícula uniforme. Por não apresentarem grandes partículas, possuem uma maior área superficial de contato por unidade de volume resultando em uma melhor cinética de troca, menor consumo de regenerante e águas de lavagem”, completa Flávia.

A Cetrel, empresa criada com a atribuição inicial de tratar os efluentes líquidos e dispor os resíduos sólidos gerados pelas indústrias do Polo, atualmente é responsável pelo tratamento, disposição final dos efluentes, resíduos industriais, bem como pelo monitoramento ambiental em áreas de influência de complexos industriais. Entre suas concepções está o projeto Água Viva. Trata-se da implantação de um novo sistema de reúso de água no Complexo Industrial de Camaçari, na Bahia.


Eduardo Pedroza, gerente de negócios da Cetrel, explica que a tecnologia utilizada nesse sistema trabalha com sensores que medem em tempo real a qualidade do efluente. A partir desse monitoramento é possível identificar se o efluente deve ser destinado ao tratamento de reúso de água ou não. “O segredo do reúso de água esta antes do tratamento, esta no processo de seleção dos efluentes e esse sistema seleciona efluentes industriais com menor índice de poluentes, que antes eram descartados”, explica.

Ainda de acordo com Eduardo, a grande inovação não é o tratamento, por que quando se tem água de qualidade ruim acaba se investindo muito no tratamento para obter uma água de qualidade boa, gerando assim um custo alto. A qualidade do material requer a utilização de poucos componentes químicos no tratamento, o que diminui o custo e reduz o tempo gasto no processo.

A Braskem, primeira empresa atendida pelo projeto, irá economizar 4 bilhões de litros/ano no processo industrial, quantia equivalente ao consumo médio diário de uma cidade com até 150 mil habitantes. Em anos chuvosos, a economia pode chegar a 7 bilhões de litro/ano. Com a produção de água de reúso haverá a redução de 66% do gasto com energia elétrica em relação ao que era antes necessário para o tratamento dos efluentes e a captação e produção de 1m3 de água para uso industrial.


“É um projeto economicamente e ambientalmente viável e vantajoso. Acredito que as empresas cada vez mais vão procurar uma tecnologia limpa, ou seja, aquela que gera menos resíduo. A água de reúso contribui para sustentabilidade, a indústria vai deixar de explorar águas de reservatórios, rios, etc, além de economizar financeiramente, pois seu custo é mais barato”, explica Eduardo.

Ricardo Fittipaldi, representante da H2 Life, empresa especializada em criar soluções tecnológicas ligadas à água, resalta que o reúso é uma medida de conservação de água e tem grande aplicação em diversas atividades, sobretudo aquelas que demandam grandes volumes de água e não necessitam de água de qualidade elevada quando comparado aos padrões de potabilidade. Como exemplo, o representante cita o reúso industrial em torres de resfriamentos e o reúso de esgoto tratado para descarga em bacia sanitária.

“Para implementação da prática de reúso existe, atualmente, uma vasta gama de tecnologias de tratamento de efluentes, desde uma simples filtração até processos avançados. Porém, cabe destacar que os processos de separação por membranas tem sido considerado como elementos chaves na viabilização do reúso de água, sobretudo pela elevada qualidade e estabilidade do efluente produzido”, destaca Ricardo.

Contato das empresas:

AcquaBrasilis: www.acquabrasilis.com.br
Cetrel: www.cetrel.com.br
Dow: www.dow.com
General Water: www.generalwater.com.br
H2 Life: www.h2life.com.br
Veolia Water Brasil: www.veoliawaterst.com.br

Fonte: Revista TAE