Uma escova biodegradável foi lançada por uma empresa
brasileira. O produto é feito com matéria prima renovável e foi desenvolvido
por dentistas.
Com design anatômico, o cabo é totalmente biodegradável, o
que substitui as tradicionais escovas de plástico. A vantagem ambiental não
desqualifica sua capacidade de higienização.
O formato da escova permite alcançar os dentes mais
distantes e as cerdas são macias, arredondadas e polidas, ou seja, a qualidade
também é garantida. A empresa Dr. Veit Produtos ressalta que as cerdas não são
biodegradáveis.
Batizada de Dr. Veit Bio, a escova demora seis meses para se
decompor, se descartada em ambiente de compostagem. Já as escovas deixadas no
meio ambiente, sujeitas às condições climáticas, podem demorar quatro anos.
A empresa percebeu que em termos ambientais algo deveria ser
feito para amenizar o impacto ambiental do descarte e iniciou o projeto em
2009. “Várias pesquisas sobre consumo indicam que, a cada ano, em média, as
pessoas trocam de escovas de dente quatro vezes. São 26 bilhões descartados
todo ano no mundo. Só no Brasil isso representa um consumo de 768 milhões de
escovas, com o descarte gerando forte impacto ambiental, porque o plástico
convencional dura até 400 anos”, explicou o CEO da Dr.Veit Produtos Oral Care,
Avelino Veit, ao Jornal do Brasil.
Para desenvolver as escovas, as pesquisas começaram a ser
feitas em centros acadêmicos e indústrias. O problema inicial ficou por conta
da matéria-prima a ser utilizada. “Só chegávamos ao material à base de amido de
milho, que, para o consumidor, tem um grande inconveniente: derrete-se fácil
demais. Você começa a usar e, no terceiro dia, a escova, por sua porosidade e
outros fatores, já se derrete. Não adianta, porque não é completamente sustentável
segundo critérios mais amplos”, explica Veit.
A companhia a se juntou a empresa francesa que fabrica
produtos à base de ácido polilático, material de alta resistência derivado de
fontes renováveis. “O bacana desse material é que você consegue usar sua escova
sem que ela se derreta rapidamente e, quando descartada no meio ambiente, num
vazadouro tecnicamente adequado, em dois anos ela se degrada”, afirma Veit.
Fonte: Ciclo Vivo