A designer holandesa Marjan Van Aubel criou uma coleção de louças capazes de produzir energia fotovoltaica. A tecnologia foi pensada de maneira a alcançar níveis altos de eficiência para o aproveitamento da luminosidade interna de uma residência.
Marjan integrou as células
solares aos próprios objetos. Assim, um copo é capaz de produzir energia e
depois transmitir esse potencial armazenado a um gabinete coletor, que o
transforma em eletricidade e permite usos diversos. O gabinete não é apenas um
suporte de louças, ele é também uma bateria, passível de se transformar em um
carregador, por exemplo.
A tecnologia aplicada consiste em
usar uma camada de célula fotovoltaica com um corante sintetizante em cada um
dos objetos de vidro. Este sistema de cores foi criado por Michael Graetzel,
conforme informado pela designer em seu site, o processo é baseado na
fotossíntese das plantas, em que o verde da clorofila ajuda a captação de
energia.
Graetzel usa uma camada de
dióxido de titânio poroso embebido com corante fotossensível, um pigmento
extraído do espinafre ou do mirtilo, mais conhecido como blueberry. Ele
descobriu que o corante que dá a tonalidade a esses alimentos emite um elétron
quando é atingido pela luz. Um dos lados do vidro é positivo e o outro
negativo, assim os elétrons do corante são transmitidos ao dióxido de titânio e
é liberada a corrente elétrica.
O vidro utiliza a luz solar como
fonte de energia, mas também pode funcionar sob a luz difusa. Este processo o
torna mais eficiente para o uso dentro das residências, ao contrário do que
acontece com os painéis solares, que precisam da incidência direta do sol.
Fonte: Ciclo Vivo