Você já ouviu falar de Biomimética? O conceito, que vem do
grego bios (vida) e mimesi (imitação), aplica-se às criações humanas que tem na
natureza sua maior fonte de inspiração, como esses fascinantes projetos de
arquitetura ecológica.
Bionic Arch: uma joia
em Taiwan
Preocupada em reduzir suas emissões, a cidade de Taichung em
Taiwan lançou no ano passado um concurso de projetos de arquitetura para ocupar
uma área antes ocupada pelo aeroporto local, que mudou de endereço.
O vencedor da competição foi ninguém menos do que o
visionário arquiteto belga Vincent Callebaut, que projetou uma imensa torre verde
que não só combina como supera os principais indicadores de um edifício
sustentável.
Chamada de Bionich Arc, a torre em forma orgânica foi orçada
em 85 milhões de reais e terá emissão zero de carbono. Com jardins suspensos
integrados em toda sua fachada, o edifíco de 119 m será capaz de produzir sua
própria energia a partir de fontes alternativas, como solar e eólica.
Wetropolis: a Bangkok
do amanhã
Bangkok, na Tailândia, corre risco de sofrer com a elevação
do nível do mar até meados do século. Para resolver esse problema, a firma de
arquitetura S+PBA bolou uma solução interessante: um conceito de comunidade
para “um futuro pós-diluviano”. O projeto abraça um estilo de vida anfíbia, em
vez de lutar contra ao aumento do nível das águas.
A ideia é reproduzir toda uma rede e infraestrutura urbana
acima do mar chamada de “Wetropolis”, que contaria com escolas, espaços
públicos, indústria e todo tipo de serviço público. Os arquitetos preveem até
espaços verdes, como parques e florestas e manguezais, que além de favorecer a
atividade de carcinicultura, tambem ajudariam a filtrar a água e renovar o ar
da cidade.
Um “prédio cacto” em
pleno deserto
O Ministério das Relações Municipais e da Agricultura do
Qatar, no Oriente Médio, está preparando a construção de um novo prédio
comercial que tem a forma de um cacto. Desenhado por um escritório de
arquitetura tailandês, o edifício utiliza-se de estratégia semelhante a de um
cacto para sobreviver no ambiente quente e seco, característicos dos desertos
árabes.
A exemplo daquela planta, que durante a noite “transpira”
para reter a água ao longo do dia, a construção também contará com um sistema
que abre e fecha ventanas, criando sombras e controlando a temperatura interior
de acordo com as variações de temperatura. O projeto é parte de um programa
bilionário de incentivo à construção verde para racionalizar o uso de energia
no país.
Torres
autossuficientes em Seoul
Buscando conciliar crescimento urbano, sustentabilidade e
qualidade de vida, os arquitetos coreanos da Mass Studies projetaram o Seoul
Commune 2026.
Trata-se de um conjunto de torres sustentáveis em formato
orgânico, que podem ter entre 16 e 53 andares, no bairro de Apgujongdong, uma
das regiões mais densamente povoadas do mundo, em Seoul. Além de apartamentos,
cada torre abrigaria restaurantes, teatros, um complexo de compras, além de
outras opções de lazer.
Autossuficientes em energia, as torres possuem uma cobertura
de cristais fotovoltaicos, além de um revestimento verde composto de plantas,
que ajuda a controlar a temperatura interna dos edifícios.
Ilhas artificiais
para as Maldivas
Pelo menos 80% do arquipélago das Maldivas, localizado no
oceano Índico, está apenas um metro acima do nível do mar. Uma elevação brusca
das águas poderia varrer do mapa esse paraíso de praias de areia branquinha,
palmeiras e atóis de corais.
No último século, o nível do mar já subiu 20 centímetros em
algumas partes do país. Temendo o pior, o governo local estuda comprar um novo
território para o seu povo. Mas para o arquiteto Koen Olthuis do Waterstudio a
solução é criar mini-ilhas flutuantes. Elas teriam formato de estrela-do-mar e
contariam com amplos espaços verdes e praias artificiais.
Arca em forma de
vitória-régia
Eventos climáticos extremos têm deixado milhares de
desabrigados em todo o mundo. Se as previsões de elevação dos níveis dos mares
se concretizarem, será preciso encontrar um novo lar para os refugiados
climáticos.
A solução para nos manter a tona vem também do visionário
arquiteto belga Vincent Callebaut, que criou a cidade flutuante Lilypad. O
complexo é formado por arcas em formato de flor, cada uma com capacidade de
abrigar até 50 mil pessoas.
Fonte: Exame