O Eco Teatro Paiol Cultural,
localizado no bairro Vila Buarque, em São Paulo, será reaberto após cinco anos
desativado. Agora o teatro reabre com o espetáculo “Aquilo Não Cabe no Caixão”,
baseado em obra do autor inglês Mark Ramsden.
Sem nenhuma proposta ecológica,
ele foi inaugurado em 1969. Antes de seu fechamento, o Paiol Cultural era
apenas um teatro comum. Foi o ator Marcelo Mendes que resolveu tomar a
iniciativa de reabrir o espaço com um projeto bem diferente do original.
Mendes tem a parceria da empresa
Cio da Terra. A ideia é criar um centro que respeite os princípios da
permacultura. Uma das novidades é que a água da pia dos banheiros será
reaproveitada para uso nos próprios banheiros. Para a climatização do ambiente
será usada energia solar. No espaço também terá um jardim.
As técnicas de permacultura
também são utilizadas na reforma do espaço. Através de oficinas, será feito um
material para revestimento do teto e isolamento acústico. A substância é
composta da mistura de celulose e fibras com água. O ator afirma que é o
primeiro teatro do gênero no país.
Mendes abandonou seu emprego em
uma empresa de cenografia para dedicar-se totalmente ao projeto, que além do
teatro inclui um café, espaço para bandas e pista de dança. “O Paiol está no
marco do teatro paulistano, já teve um período glamuroso. É muito interessante
tê-lo de volta”, afirmou ao G1.
Atualmente, o ator está em busca
de patrocínio para o projeto. O teatro está localizado na Avenida Amaral
Gurgel, por onde passa o elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão.
Aliás, a inauguração desta construção ajudou na lenta degradação do espaço e da
região central da cidade. O mesmo local serviu de cinema de filmes
pornográficos antes de seu fechamento.
Aos poucos a região central está
voltando a ser tomada pelos movimentos artísticos. Um grupo que ganhou
notoriedade é o Movimento Baixo Centro, que sem autorização realiza diversos
eventos na cidade de São Paulo. O objetivo é utilizar o espaço público para
fazer qualquer tipo de manifestação cultural.
Fonte: Ciclo Vivo